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Há cerca de dois anos, um instituto de saúde da Califórnia, esse lugar tão interessante para os costumes ocidentais, propôs que se substituísse a palavra “vagina” por “entrada frontal”, a fim de não ofender a comunidade transsexual. Se a leitora acha isto indigno da história dos direitos da mulher e não concorda que “pessoas transsexuais” possam competir nos desportos femininos, lembre-se do que se disse de JK Rowling, a autora da saga Harry Potter, quando se recusou a considerar “mulher” como “pessoa que menstrua” – os seus livros foram boicotados pela vanguarda progressista, foi acusada de transfóbica (até por seres vagamente existentes, como Emma Watson, que deve tudo aos filmes de Harry Potter). Mas os ativistas da política sexual não se entendem: agora, a revista médica britânica The Lancet, uma referência na divulgação de notícias e estudos de medicina, alinhou na linguagem obtusa e, para não ferir suscetibilidades da comunidade trans e não-binária, regurgitou a linguagem progressista na capa do seu último número, definindo mulheres como “corpos com vagina”. Caia uma bigorna.
Da coluna diária do CM.
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