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O cerco que uma dúzia de negacionistas da Covid19 e inimigos das vacinas montou a Ferro Rodrigues, enquanto almoçava tranquilamente com a sua mulher, é um ataque abjeto, injustificável e sem escrúpulos. Imaginar um mundo em que os titulares de cargos políticos têm de viver como foragidos porque há sempre loucos à solta não é, porém, um pesadelo recente e não se pode confundir com o direito de protesto. Na década de 60 estes ataques tornaram-se moda como uma forma de ‘contracultura’ e muita gente achava gracinha a espatifar tartes na cara de políticos ou a insultá-los em lugares públicos. Este tipo de agressividade e de violência foi acarinhado aqui e ali (Pedro Passos Coelho foi vilmente atacado com o beneplácito de muitos políticos e era sempre um festim para as tvs) com uma jovialidade hipócrita. Mas o negacionismo, que já entrou na esfera dos problemas de saúde mental (o ataque ao almirante Gouveia e Melo foi um exemplo), produz estes espetáculos em que o pior do género humano (o insulto soez) se junta ao irracional (o desprezo pela ciência). Como um desprezível festim de loucos.
Da coluna diária do CM.
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