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Walter Scott, ainda alguém se lembra?

por FJV, em 15.08.21

Hoje, já ninguém lê Walter Scott (1771-1832) – e, provavelmente, poucos se lembram do seu nome. Talvez se recordem de alguns filmes que povoaram o preto e branco da televisão (Ivanhoe deu para tudo), ou da ópera de Donizetti, Lucia di ​​Lammermoor, inspirada por um dos seus livros. Mas, ao longo do século XIX, foi um dos autores mais populares pela Europa fora. Marx apreciava-o bastante (apesar de Scott ser conservador – mas Balzac também o era) e influenciou obras, personagens e estilos de autores tão diferentes como Júlio Verne, Emilio Salgari ou o nosso Alexandre Herculano. Como uma sombra, é referido por todos – mesmo pelos que nasceram com as suas leituras e depois o desprezaram. Beethoven, Schubert ou Berlioz adaptaram poemas seus – mas Ivanhoe, Rob Roy ou O Espelho da Tia Margarida tiveram uma longa vida nas edições portuguesas. Reavivou o interesse pela história medieval escocesa e pela própria Escócia. Scott foi o emblema do chamado romance histórico. Passando hoje 250 anos sobre o seu nascimento, recordemos o pai do interesse iluminista pelo passado.

Da coluna diária do CM.

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