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Hoje, já ninguém lê Walter Scott (1771-1832) – e, provavelmente, poucos se lembram do seu nome. Talvez se recordem de alguns filmes que povoaram o preto e branco da televisão (Ivanhoe deu para tudo), ou da ópera de Donizetti, Lucia di Lammermoor, inspirada por um dos seus livros. Mas, ao longo do século XIX, foi um dos autores mais populares pela Europa fora. Marx apreciava-o bastante (apesar de Scott ser conservador – mas Balzac também o era) e influenciou obras, personagens e estilos de autores tão diferentes como Júlio Verne, Emilio Salgari ou o nosso Alexandre Herculano. Como uma sombra, é referido por todos – mesmo pelos que nasceram com as suas leituras e depois o desprezaram. Beethoven, Schubert ou Berlioz adaptaram poemas seus – mas Ivanhoe, Rob Roy ou O Espelho da Tia Margarida tiveram uma longa vida nas edições portuguesas. Reavivou o interesse pela história medieval escocesa e pela própria Escócia. Scott foi o emblema do chamado romance histórico. Passando hoje 250 anos sobre o seu nascimento, recordemos o pai do interesse iluminista pelo passado.
Da coluna diária do CM.
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