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Não sei se se lembram do filme Fitzcarraldo, de Werner Herzog, com Klaus Kinski – que interpreta o papel de um homem que, entre outras coisas vagamente loucas, quer construir um teatro de ópera nos confins da Amazónia. E levar Enrico Caruso a cantar nesse palco – já agora, uma lenda idêntica à que também animou os portugueses que fundaram e geriram o Teatro Amazonas, em Manaus (o filme aponta para Iquitos, no Peru). Seja como for, Caruso (1873-1921) nunca foi à Amazónia (sim, foi apenas ao Rio de Janeiro) mas poderemos considerá-lo “o maior cantor de ópera de todos os tempos”. Nascido em Nápoles, o tenor é uma espécie de ícone da ópera italiana na viragem do século XIX para o XX: são absolutamente famosas as suas interpretações (estão gravadas) de fragmentos de Verdi, Puccini, Donizetti, Gounod, Massenet ou Leoncavallo, mas também Wagner. Na Europa mas sobretudo na América, Caruso entrou como uma espécie de monumento brilhante no estrelato da música e, para todos, o seu nome significa mesmo “ópera”. Morreu cedo, aos 48 anos – passam hoje cem anos sobre o seu desaparecimento.
Da coluna diária do CM.
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