Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Barbara Cartland (1901-2000).

por FJV, em 09.07.21

Eu vi Barbara Cartland (1901-2000) – passou à minha frente, a cerca de metro e meio, vestida de cor de rosa, com um enorme chapéu que não escondia o cabelo prateado, olhando para um ponto indefinido lá à frente. Ela era, para a vida editorial da época (estávamos no final dos anos 80), “a rainha do romance” – não tinha rival para histórias de amor e cavalheirismo, ligeiramente picantes mas cheias de moral (e vice-versa), antigos militares (murmurava-se sobre a sua relação com Lord Mountbatten), mulheres corajosas e cheias de passado pecaminoso tanto quanto de bons sentimentos, corridas de cavalos, duquesas, infidelidade e divórcios, castelos, famílias cheias de segredos e o que entra na lista do género. Apenas em 1976, aos 75 anos, escreveu 23 livros – um recorde para juntar à lista dos 720 títulos da sua bibliografia onde, além de romances populares cor-de-rosa, há também biografias, auto-ajuda, cozinha e poesia, e de que vendeu cerca de mil milhões de exemplares. Morreu aos 99 anos; hoje, por sua vontade, completaria 120 e daria uma bela festa com champanhe e muita má-língua.

Da coluna diária do CM.

Autoria e outros dados (tags, etc)



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.