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Se não andasse uma grande estroinice à solta na imprensa, com gente que se embevece com parvoíces escolhidas a dedo, eu passaria à frente como se se tratasse de mais uma bravata pimpona de CR7 – que é bom a marcar golos, Deus o guarde. Mas em dois dias ouvi vários “especialistas em marketing” e “sociólogos” mencionar que os atletas hoje já lutam por muito “causas sociais” e que, por isso, o gesto deselegante e valentaço de CR7 a afastar a garrafa de Coca Cola deve ser lido como uma defesa da “alimentação saudável”. Um dia depois, outro jogador, Pogba, também afastou uma garrafa de cerveja Heineken e outro italiano, imitou CR7 porque a tontice é contagiosa. Ontem, jornalistas empinados da “imprensa séria” (tanto quanto tola), alvitravam que o gesto de CR7 pode ser um repto para sermos “mais saudáveis” e “sustentáveis”. Deve ser, deve: vamos comer mais tofu, andar mais de Bugatti, beber água dos glaciares islandeses, vestir Versace, trocar a Coca Cola pelo botox das namoradas. Pelo sim, pelo não, fui repor a reserva de Heineken e comprar alguma Coca Cola antes que venham mais tolinhos.
Da coluna diária do CM.
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