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O ministro Pedro Nuno Santos quer dinheiro para a TAP mas acha que as regras europeias da concorrência são um obstáculo e não lhe permitem tomar os milhões de que precisa e colocá-los na companhia aérea. Por isso, enervado, escreveu um artigo cheio de intenções, onde diz que esse investimento nas companhias aéreas, entre outras coisas – atenção! – “cria empregos bem pagos, reforça as relações económicas e potencia o diálogo multicultural”. Quem é que não quer empregos bem pagos, reforço das relações económicas e diálogo multicultural? Só um tolo. Haja dinheiro. Uma das formas de resolver o assunto foi dada por um espertalhão italiano, Salvatore Garau, que vendeu por 15 mil euros uma escultura imaterial, ou seja, que não existe – pura e simplesmente não existe, não está lá, nunca esteve lá. É “um conceito”. Pois ontem li um artigo todo cheio de patetices com a habitual trafulhice de “termos filosóficos” que justifica a aldrabice e a apetitosa fraude. Parece-me que Pedro Nuno Santos, que tem um bom trabalho na ferrovia, quer agora que a Europa pague umas esculturas invisíveis.
Da coluna diária do CM.
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