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«Sunny prospects» – perspectivas ensolaradas. Foi assim que o ‘Daily Telegraph’ legendou a fotografia de uma multidão de ingleses enquadrada pelo belíssimo cenário da ponte de D. Luís I sobre o Douro, luminoso e apresentável como uma mancha de luz. A imagem é curiosa, porque aos ingleses se deve o sucesso dos dois principais produtos de exportação do Douro: o vinho do Porto e o turismo. Mas o resto é absolutamente português – só que os portugueses não podem juntar-se daquela maneira diante do rio, no Porto ou em Gaia, de copo na mão ou em passeio ameno, festejando uma tarde de sol. Inveja impura, portanto; e uma natural irritação porque não era isto que estava prometido, mas “uma bolha” que não funcionou, enquanto adeptos do SC Braga foram impedidos de festejar a vitória do clube ou os do Torreense foram carregados pela polícia. Há um elevado sentimento de injustiça – e, com ele, o da ausência de critérios equilibrados na forma como o Estado lida com os cidadãos, aos tropeções, com mentiras, sem juízo e sem sentido de responsabilidade. Desprezados, os portugueses são uns santos, é o que é.
Da coluna diária do CM.
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