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Robert Allen Zimmerman, aliás, Bob Dylan, nasceu há 80 anos – emprestou-nos um pouco de música a quase todos. Canções imortais (“Blowing in the Wind”, naturalmente, mas também “Like a Rolling Stone”) e canções que marcaram décadas que passaram, além de discos inteiros que nos obrigam a nunca mais regressar ao tempo antes de Bob Dylan (Highway 61 Revisited, Blonde on Blonde, Desire, Blood on the Tracks). Lenda viva, portanto; voz inconfundível; heranças cruzadas (folk, blues, country, rock), poemas que perduram, versões que prolongam a primeira vez. E um distanciamento que o fez, ainda hoje, ser único. O Nobel da literatura que lhe foi atribuído consagra a sua ligação à literatura; talvez só um cantor, Leonard Cohen, o merecesse mais do que ele – mas o discurso de aceitação (fez-se representar por Patti Smith para o receber em Estocolmo), recordando a importância de Moby Dick (Melville), da Odisseia (de Homero) ou A Oeste Nada de Novo (de Remarque) é muito bom, e evoca Shakespeare: as canções são vivas na terra dos vivos. Hoje é dia de ouvi-lo como a um monumento vivo.
Da coluna diária do CM.
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