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Independentemente do anúncio de uma grande exposição sobre egiptologia em 2022 ou a reabertura da sala com as joias de René Lalique, a excelente novidade é que o Museu Gulbenkian, propriamente dito (agora com direção de António Filipe Pimentel, depois do magnífico trabalho no Museu de Arte Antiga), e o Centro de Arte Moderna, CAM, terão vidas paralelas mas não misturadas. A expressão que uso pode não ser a mais correta, mas traduz a reposição de uma visão e de um sentido – em que o Museu Gulbenkian se centra na História e nas grandes peças do passado, e o CAM persegue, naturalmente, e como deve, os caminhos da contemporaneidade. Essa visão tinha sido roubada durante algum tempo (de 2016 para cá) e teve como efeito, para boa parte dos visitantes, a criação de uma espécie de ‘terra vazia’ na qual girava um carrossel que devorava quase tudo. Durante os meus tempos de faculdade, havia uma tarde em que não tinha aulas; passava-a no Museu antes de me sentar a ler nos jardins. Hoje, que é o Dia Internacional dos Museus, deve dizer-se que a Gulbenkian regressa a essa imagem de felicidade.
Da coluna diária do CM.
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