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Ainda alguém se lembra de O Comboio Apitou Três Vezes? O xerife Will Kane (casado com Amy, aliás Grace Kelly) enfrenta todos os malvados do Oeste. Só podia ser Gary Cooper, que recebeu um Óscar pelo papel. Tal como só podia ser Gary Cooper em Vera Cruz, de Raoul Walsh (contracenando com Burt Lancaster e Sarita Montiel, lembram-se?), ou em Vontade Indómita, polémico já em 1949 – e até ao lado de Marlene Dietricht numa coisa tão romântica como Desejo. Ernest Hemingway tinha uma grande admiração por Gary Cooper, e é ele o herói masculino das adaptações dos seus romances Adeus às Armas e Por Quem os Sinos Dobram (ao lado de Ingrid Bergman). Fica-lhe bem o papel de “cavalheiro até ao fim”, como em Beau Geste, ou de espião em O Grande Segredo (de Fritz Lang) – mas, na verdade, nada lhe assentava melhor do que a figura de cowboy. É assim que Tony Soprano o recorda várias vezes, lembram-se? No divã da psicanalista de Os Sopranos, Tony pergunta-se acerca do sentido da vida: “E Gary Cooper, hein? Um tipo tão forte e discreto.” Passam hoje 120 anos sobre o seu nascimento.
Da coluna diária do CM.
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