Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



A língua branca, masculina e elitista.

por FJV, em 13.04.21

A londrina Universidade de Artes pediu encarecidamente aos seus professores para aceitarem “ativamente” erros de ortografia, gramática ou quejandos, desde que eles não “impeçam significativamente a comunicação”. Além disso, deixa um alerta: não se ponham pedir que se escreva com correção nos trabalhos dos alunos; isso não existe. O Daily Telegraph de domingo menciona decisões idênticas noutras universidades que consideram o “inglês correto” uma expressão “branca, masculina e elitista”. Em Portugal, o caso escandalizou algumas pobres almas que ainda não se deram conta de que o vírus já está cá há muito (no Brasil, por exemplo, é uma espécie de doutrina quase oficial, muito em voga) e será uma das batalhas que se avizinham: o português será a “língua do colonialismo” e “o que conta é a diversidade de expressão” – aliás, já em tempos tivemos indicações ministeriais para desculpar erros ortográficos em exame escolar. Bons tempos em que o autor do Quixote, Miguel de Cervantes, escrevia (em Os trabalhos de Persiles e Sigismunda) ser a língua portuguesa “doce e agradável”. Tomem nota.

Da coluna diária do CM.

Autoria e outros dados (tags, etc)



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.