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Simone, Yves e Marilyn. Uma história de glória, paixão e humilhação. Yves Montand traiu Simone depois de ter contracenado com Marilyn em Let’s Make Love.
Simone Signoret: não é fácil esquecer o seu rosto, que tinha tanto de melancólico quanto de patife – o cinema colocou-o em tela, a literatura fixou-o para sempre na sua autobiografia A Nostalgia Já Não É o Que Era, publicada em 1975, dez anos antes da sua morte, o mesmo ano em que saiu Adeus, Volodia, um romance. Também não é fácil esquecer a sua presença ao lado de Yves Montand, num casamento de três décadas, que sobreviveu à traição com Marilyn Monroe, com quem Yves contracenou em Let’s Make Love. Esse olhar patife sobreviveu também a todas os homens (e mulheres, como Vivien Leigh) que estiveram a seu lado na tela, de James Mason a Lino Ventura, Jean-Pierre Cassel, Lawrence Olivier, Terence Stamp e o próprio Yves (em A Confissão, o filme de Costa Gravas). O seu olhar em Aquela Loira ou em A Ronda, de Max Ophüls, filmes onde faz de prostituta, ou em Thérèse Raquin (adaptação do romance de Zola), onde é uma esposa triste, é inesquecível e contrasta com o de Um Lugar na Alta Roda, papel pelo qual recebeu o Óscar de Melhor Atriz. Simone Signoret (1921-1985), a bela e teimosa, nasceu há 100 anos.
Da coluna diária do CM.
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