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Há exatamente 300 anos, a 24 de março de 1721, Johann Sebastian Bach enviava ao marquês de Brandenburgo-Schwedt, o manuscrito do que na altura intitulou Seis Concertos com Vários Instrumentos. Diz-se que, em 1719, os dois homens se teriam encontrado em Berlim – o marquês (e tio do rei da Prússia), que nem era propriamente um melómano, ficou impressionado com o “virtuosismo” de Bach. Também se diz que, em 1721, o ano em que se casou com Maria Magdalena, Bach estaria a ficar sem mecenas e quis, com isto, garantir um protetor (se bem que, no ano seguinte, se mudasse para Leipzig, onde se fixou ao final, 1750). De qualquer modo, os seis concertos foram esquecidos na biblioteca do marquês até à sua morte, em 1732; as partituras foram então vendidas por uma quantia que rondam, em dinheiro de hoje, os 25 euros – e só seriam descobertos um século mais tarde. Salvos do esquecimento por um acaso, são uma das grandes peças da história da música – e não os conhecer é um pecado capital; não têm ligação aparente entre eles senão o génio assombroso de Bach. Neles, a música flutua sobre nós.
Da coluna diária do CM.
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