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Guetos.

por FJV, em 23.03.21

Os alunos da Universidade de Columbia, Nova Iorque, podem considerar-se felizes. Daqui a um mês terão lugar os cerimónias multiculturais das formaturas, e a universidade, além de convidar os estudantes a “refletir sobre o crescimento pessoal e as suas experiências”, organiza os festejos em ambiente devidamente compartimentado para preservar a identidade de cada grupo. Assim, no dia 25 há uma cerimónia só para nativos americanos; no dia 26, reúne-se a “comunidade alfazema” (“lavender”, é como está designada a comunidade LGBTQIA+); asiáticos e asiáticas, é no dia seguinte; a 27, juntam-se os primeiros da sua família na faculdade ou com rendimentos mais baixos; a 29, são recebidos os “latinxs” (ou seja, latinas e latinos); finalmente, a 30, a sessão é reservada à comunidade negra. Os alunos devem identificar-se com estola, pin ou outro símbolo, para não serem confundidos. Claro que nos poderíamos perguntar se não seria melhor reunir todas as comunidades, para assim “partilharem as suas experiências em comum”, mas parece-me que a ideia é fabricar guetos e não aboli-los. Parabéns a todos.

 Da coluna diária do CM.

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