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Diz a imprensa que o novo Capitão América – uma criação original de 1941 destinada a empolgar os americanos durante a II Guerra como um herói nacional, e depois desenvolvida pela Marvel – é gay. Vi de relance os novos filmes e lembro-me dos originais, além de o ter espreitado nos Vingadores. Dou-me por satisfeito e acho normal que saia do armário. No entanto interrogo-me sobre se não seria melhor criar outra personagem e novas genealogias que impedissem uma guerra infinita em torno da sua identidade. Compreendo que a Marvel (e olha quem) não queira abdicar do seu mealheiro, sobre o qual está sentada – inclusive com a questão da autoria original ainda mal resolvida –, mas o que nos impede de ter um Major América gay, uma Mulher Aranha negra, ou uma rival feminista que bata o pateta do Super-Homem? Serei o primeiro a aplaudir, feliz da vida por haver mais “diversidade” (vejam como é fácil utilizar lugares-comuns) sem ter sido necessário lavar o passado, fabricar clones, ou criar um conflito de gerações e sensibilidades, todos a lutar por brandir o martelo de Thor, salvo seja.
Da coluna diária do CM.
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