Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Sabem quem são Harry e Meghan? Eu sabia por alto, mas a a entrevista que deram a Oprah Winfrey (naquele cenário de jardim da Malveira a que só faltava um par de patos) encheu-me as medidas. Meghan Markle, que era uma atriz medíocre, desceu de categoria – e Harry é o típico millenial, a queixar-se do corte na mesada aos 36 anos. Gostei da parte em que os dois falam de “viver autenticamente”, ou seja, num jardim da Malveira rodeados de patos e galinhas, representando os papéis de atriz milionária zangada com a sogra, casada com um príncipe milionário, parlapiando com apresentadoras milionárias de televisão, fingindo que toda a gente acredita nas mentiras piedosas, nas queixas de racismo chique e nas lágrimas de plástico. Não, não me tornei um especialista da “vida da realeza”; apenas me surpreende a forma como um casal de tolinhos (que queriam fazer parte da coroa mas não tinham visto The Crown) é apaparicado pelo moderno ativismo americano, pela Casa Branca e pelos trabalhistas ingleses. Ou seja, queria dar-vos conta de que, como republicano, estou do lado da Rainha de Inglaterra.
Da coluna diária do CM.
Quem, no seu estado mais ou menos saudável, não alertou já (nem que seja para si mesmo) “para o perigo das redes sociais”? Tornou-se uma ocupação a tempo inteiro. Aliás, creio que não há figura pública que não alerte “para o perigo das redes sociais”, esse mundo em que tudo anda à solta e grande parte em anonimato, distribuindo ressentimento e imbecilidade em roda livre. Ameaças, perseguição e maledicência, violência verbal, maldade pura, mentiras a rodos – há de tudo, como no género humano. No meu caso, quando alguém me diz “vi no Facebook” (não tenho) não ligo importância ao que vem a seguir; não por preconceito – só por sanidade; é um albergue de loucos. Acontece que boa parte dos alertas “para o perigo das redes sociais” são, no entanto, duvidosos. Muita gente ganhou “nome e fama” nesse albergue – e estava tudo bem enquanto eram só beijinhos e retratos com gatinhos. Mas o género humano não engana; o que sobe, há de descer; o que é bom, há de ser atacado com inveja e despeito; por isso, quando alguém alerta “para o perigo das redes sociais”, limito-me a sorrir. É tão bom – não foi?
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.