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Os livros devem ser vendidos em livrarias, estejam elas onde estiverem – no nosso bairro, em praças onde entramos à procura delas, num beco escondido da chuva de inverno e da luz do sol, num supermercado onde compramos comida, em corredores de um centro comercial. Onde elas estiverem como estamos nós. O pedido para que, isoladamente, se autorizasse a venda de livros nos hipermercados soou-me sempre mal: porque nunca compreendi que, estando autorizada a abertura de lojas com venda à porta, ou no postigo, se proibisse a abertura de livrarias à porta – ou no postigo. Um interessante e compreensível lóbi de livreiros, aliados do governo, defendeu esta ideia como totalmente justa, na medida em que permitia aproveitar os apoios ao ‘lay off’. Apesar dos argumentos deste lóbi junto das autoridades, a decisão de proibir a venda de livros em livraria (à porta ou no postigo) não é justa e não está a ter bons resultados. É um argumento ideológico que menoriza e infantiliza a área do livro; esperamos que novo estado de emergência isto seja corrigido e as livrarias possam entreabrir as portas.
Da coluna diária do CM.
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