Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Passam hoje 570 anos sobre a definitiva subida ao poder de Mehmed II (ou Maomé II, 1432-1481) no Império Otomano, de que é uma das figuras históricas admiráveis, juntamente com a de Solimão, o Magnífico, que viveu um século mais tarde. A data tem interesse porque dois anos depois, em 1453, Mehmed II, o Conquistador, pôs termo ao Império Romano do Oriente, ou Bizantino, com a tomada de Constantinopla – determinando que a catedral de Hagia Sofia passava a mesquita, mas nomeando o patriarca cristão como governador da cidade. Criou bibliotecas, palácios, universidades, rodeou-se de humanistas, permitiu a liberdade religiosa – e foi amigo de Gentile Bellini, pintor a quem encomendou um retrato seu e paisagens de Constantinopla. E também uma pintura de S. João Batista decapitado – ou seja, da cabeça oferecida a Salomé. Quando o quadro chegou, Mehmed achou que Bellini, que estudara anatomia com Leonardo Da Vinci, não fizera uma boa representação do pescoço dilacerado. Para o provar, mandou decapitar um escravo, mostrando-lhe o erro de pormenor. Já o retrato do imperador, esse, é perfeito.
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.