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Podíamos dar voltas e voltas em redor de Rhett Butler, a personagem interpretada por Clark Gable (1901-1960) em E Tudo o Vento Levou (1939), ao lado de Vivien Leigh. Cínico, destemido, perigoso, herói em silêncio mesmo quando sabe que está do lado errado ou condenado a uma derrota previsível, Rhett nunca perde nem a aura de cavalheiro nem o tom de amargura sem ilusões. É difícil separar Clark Gable desse papel, que marcou todos os filmes que fez daí em diante, de Mogambo (de John Ford, com Ava Gardner e Grace Kelly) a Os Inadaptados (de John Huston, com Marilyn Monroe), até mesmo em comédias inocentes, como Começou em Nápoles (com Sophia Loren). Mas a filmografia de Gable, que é vasta, deu-nos sobretudo um grande ator, um intérprete capaz de usar quase todas as máscaras sem perder a elegância de um patife e o sorriso de um cavalheiro. Modelo de uma masculinidade de outros tempos (até na sua paixão comovente por Carole Lombard), mítico sedutor de Holywood, Clark Gable é inesquecível. Até hoje, quando passam 120 anos sobre o seu nascimento. Não, não podemos esquecê-lo.
Da coluna diária do CM.
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