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Estamos salvos. A Disney americana acaba de retirar do seu catálogo filmes infantis como Dumbo, Peter Pan ou Os Aristogatos – e onde os colocou? No catálogo para adultos, porque os filmes “incluem estereótipos e conteúdos racistas”. Mas, como se não bastasse esta imbecilidade, a Disney – que se transformou numa fábrica de patetas – também inclui na projeção dos vídeos um aviso informando os adultos de que “este filmes podem conter representações culturais obsoletas”. Basta uma referência (há um gato siamês em Os Aristogatos que pode ofender pessoas asiáticas) para estragar tudo. Não vale a pena invocar a razão, a necessidade de alguma correção sensata, um módico de serenidade e ponderação – a revolução tem de ser feita depressa e com violência. É um princípio leninista e maoista que as plataformas e a indústria americana do entretenimento adotam, tomadas de assalto por uma nova elite ignorante e quadrada, formada por “ativistas do bem”, desejosos de limpar todo o passado e toda a memória. No fundo, são pornógrafos disfarçados de puritanos.
Da coluna diária do CM.
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