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Duas coisas boas do fim de semana: por um lado, eleições, que correram bem; por outro, uma razoável quantidade de professores que decidiu, por sua conta e risco, preparar materiais para enviar aos seus alunos durante este período de “férias” forçadas que terão consequências mais brutais na saúde mental, na aquisição de conhecimentos e no equilíbrio de adolescentes “confinados”, do que o recurso ao ensino à distância mesmo nestas condições. Isso não conta para os que decidiram, pura e simplesmente, encerrar as escolas depois de terem menosprezado com ligeireza as ameaças da pandemia, de terem faltado às suas promessas populistas (as de fornecer milhares de computadores e de prepararem aulas online até ao início do ano) e de falharem na proteção ao trabalho dos estudantes. Nisto, o mais irritante é quantidade de oportunidades perdidas pelo caminho bem como o enviesamento político e partidário que pesa sobre decisões desta natureza. Pela primeira vez aconteceu no meu país que, no cumprimento da lei, a polícia interveio para fechar escolas; é estranho, mas a culpa não é só da pandemia.
Da coluna diária do CM.
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