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Ontem de manhã o secretário de Estado da Saúde informou-nos que existia um largo “consenso político” sobre a abertura das escolas. De facto, bastaram quatro horas para o Presidente da República – depois de falar com o primeiro-ministro – nos informar da necessidade de até hoje, quinta, se tomar a decisão de encerrá-las. O primeiro-ministro, que tinha fechado os ATL na sexta-feira, e que os tinha reaberto na segunda, informou-nos entretanto que mandaria fechar as escolas se descobrisse que havia infeções com a variante inglesa (que atingirá os 60% em fevereiro), como se não bastasse que o número de casos no escalão 10-19 anos tivesse ultrapassado o dos 60-69. Entretanto, houve um momento de grande enlevo filosófico: interrogada por um jornalista sobre o número de exceções do confinamento, a senhora Ministra da Saúde diz que é falso; o jornalista prova, com factos, que é verdade; a ministra diz que “as exceções não se contam pelo número mas pela forma com as interpretamos”. Houve um tempo em que se dizia “os factos são errados”; agora, basta dizer “os factos são inúteis”. Bem vindos.
Da coluna diária do CM.
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