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Parece que, entretanto, vão realizar-se as eleições presidenciais. O acontecimento está a ser reduzido, por todos (e por mim também) a uma espécie de plebiscito a Marcelo Rebelo de Sousa; a questão essencial, portanto, é a de saber-se por quanto irá o Presidente ganhar as eleições, e se se aproxima de uma percentagem recorde – e quem vai ficar em segundo lugar. Ora, acontece que este passeio triunfal não é uma coisa saudável para a democracia; não só impõe uma boa dose de indiferença nos debates e nos eleitores, como, ainda por cima, decorre no inverno em pleno agravamento da pandemia, o que irá contribuir para abstenção. Não percebo duas coisas. A primeira: por que não foi possível retirar do boletim de voto a cara do candidato que não vai ser candidato? Nenhuma explicação me convence, a não ser as de preguiça e atavismo – e o gosto pelos votos nulos. A segunda: não percebo por que motivo não se investiu, atempadamente, no voto por correio a fim de evitar mais aglomerações e risco de contágio. Nenhuma explicação me convence, a não ser as de atavismo e preguiça – e o gosto pela abstenção.
Da coluna diária do CM.
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