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Vale a pena visitar Long Island – nomeadamente King’s Point, na península de Great Neck – para imaginar como seriam as festas na enorme mansão de Jay Gatsby, aliás, James Gatz, a personagem de O Grande Gatsby (1925), de Francis Scott Fitzgerald. Lendo o livro (ou vendo o filme, sobretudo a versão escrita por Coppola e onde entram Robert Redford e Mia Farrow – há outra versão com Di Caprio), há quem prefira as cenas novaiorquinas, mas as festas de Long Island são soberbas. Fitzgerald é o grande cronista da época, os anos vinte, e para escrevê-la foi para Paris, olhar a América de longe: a sua “idade do jazz” está cheia de ricos, glamour, vertigem, corrupção e vidas perdidas – não há como fugir a esse retrato, que já vem de Belos e Malditos (1922) e há de chegar a Terna É a Noite (1934). Fitzgerald (1896-1940), que escrevia maravilhosamente e é o melhor da sua geração, entra como personagem oculta e angustiante em todos esses livros (tal como a sua relação com a mulher, Zelda) e a sua biografia é tão amarga como a própria ficção. Morreu há exatamente 80 anos, com apenas 44.
Da coluna diária do CM.
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