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Hoje é celebrado na Argentina, lembro mais uma vez, o Dia do Tango – ou seja, o dia dos aniversários de Carlos Gardel e de Julio de Caro, expoentes do tango. A data deste ano é especial porque assinala os 130 anos que, na versão oficial, passam sobre o nascimento de Gardel em França, em 1890, nos arredores de Toulouse – a outra versão, não tão querida dos argentinos, é que o mago do tango teria nascido em 1887 (mas também a 11 de dezembro), mas no vizinho Uruguai. Tudo leva a crer que terá sido em França mas, seja como for, foram a voz e a figura de Gardel (que morreu num acidente aéreo, em 1935) que emprestaram ao tango um sentimentalismo melodioso e refinado, de salão, já com dimensão orquestral, de boa sociedade, longe das suas origens de baixa estirpe, entre faquistas e marinheiros, noctívagos, desesperados, mulheres perigosas e homens sem redenção. Jorge Luis Borges escreveu um livro sobre o género – ele gostava desse tom sombrio do tango, tocado e cantado nos bairros fora da lei, celebrando o amor e a morte. Mas hoje é dia de Gardel, dia de ouvir “El día que me quieras”.
Da coluna diária do CM.
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