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John Lennon – nascido em 1940 – foi assassinado por um fã há quarenta anos. Tinha quarenta anos. Génio dos Beatles (título que divide justamente com Paul McCartney), Lennon não sobreviveu ao tempo como cantor mas como compositor, estrela do rock e, como então já se dizia, “ativista político” nos EUA, fama que o elevou a um segundo estrelato durante os anos das várias trapalhices de Nixon e o final anunciado da guerra do Vietname. As canções desse tempo, talvez com exclusão de “Jealous Guy” e “(Just Like) Starting Over” são insuportáveis (no pódio, a célebre “Imagine”, com que ninguém merece ser torturado outra vez) tal como as suas aparições com Yoko Ono. A vida das estrelas de rock, geralmente criaturas histriónicas, está sujeito a escrutínio exagerado – e a paixões que costumam justificar os seus tiques mais delirantes. Mas a verdade é que Lennon foi o Beatle para quem os Beatles não bastavam – e para quem a música era sempre outra coisa, ou a salvação da humanidade, ou um passaporte para o “um mundo melhor”. As suas boas canções são realmente boas. Mas era um chato de primeira.
Da coluna diária do CM.
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