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Não houve provavelmente, na literatura ocidental, ninguém que conseguisse estar tão perto de confundir “a vida” com “a obra” – ele próprio achava que havia uma ligação estreita entre elas e, por isso, pode dizer-se que Oscar Wilde foi mais um ator do que um autor apesar de O Retrato de Dorian Gray (1891), um romance que nos alegra com o seu cinismo. Mas as frases famosas estão, como não podia deixar de ser, no teatro, O Leque de Lady Windermere, Uma Mulher sem Importância, Um Marido Ideal, A Importância de Ser Amável ou Salomé (1894), a melhor de todas suas peças, que foi interpretada por Sarah Bernhard. Ator ou autor, Wilde chegou de Dublin para introduzir alguma vida e colorido na sociedade puritana daqueles anos – até ser protagonista do escândalo que o arruinou, o seu relacionamento com o jovem Alfred Douglas. Preso em Reading, escreveu De Profundis, uma emotiva e poética carta ao namorado – e que acaba por contradizer definitivamente o seu dandismo cínico. Afinal também se sofria por amor. Morre três anos depois, a 30 de Novembro de 1900; passam hoje 120 anos.
Da coluna diária do CM.
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