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A cena é memorável: o escritório de Philip Marlowe, o detetive criado por Raymond Chandler (interpretado por James Garner), é totalmente despedaçado a golpes de ‘kung fu’. Foi a primeira vez que Bruce Lee apareceu nos ecrãs de Hollywood, como destruidor. O resto, sabemos: dois anos depois é ele a estrela principal de um filme rodado em Hong Kong, Big Boss, a que se seguem A Fúria do Dragão, O Jogo da Morte e O Dragão Ataca – os meus amigos, que entretanto se tinham inscrito em cursos de artes marciais, imitavam os golpes de Bruce Lee em cenas de grande exibicionismo. O Dragão Ataca, vi-o a espaços, aguentando dez a quinze minutos seguidos, com natural exceção das cenas de A Fúria do Dragão (onde aparece Chuck Norris) filmadas no Coliseu de Roma, um curioso cruzamento entre gladiadores e lutadores de ‘kung fu’, embora os primeiros perdessem sempre – porque a coreografia de Bruce Lee e as suas invenções marciais (o uso dos braços, do cutelo da mão ou dos nós dos dedos) são obra de um deus oriental. Morreu tragicamente novo, aos 37 anos, completaria amanhã 80 anos.
Da coluna diária do CM.
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