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Depois da Geringonça há quem deseje uma “frente de direita” para substituir a aliança contranatura reunida em torno do PS. A ideia seria vingar-se depois de Passos Coelho ter ganho as eleições de 2015 nas condições adversas que são conhecidas e de o PS (a fim de perpetuar a casta e a sua oligarquia, como se vê) ter rasgado décadas de tradição democrática, impedindo de governar o partido mais votado – e aliando-se a um PCP estalinista cuja história nada aconselha senão como personagem de ficção. A aliança entre o PS e a extrema-esquerda foi um passo decisivo para a desestruturação do sistema democrático e um dos primeiros efeitos foi a ascensão do Chega, o primeiro filho da Geringonça, juntamente com a radicalização da vida pública, o acantonamento, a guerrilha constante, as manigâncias políticas mascaradas de negociação – e a desistência dos que, pelo caminho, têm vindo a ser traídos (perguntem na área da cultura, por exemplo). Albergar o Chega para combater o radicalismo é dar guarida ao cavalo de Tróia do radicalismo. Uma pessoa deve escolher as suas vergonhas.
Da coluna diária do CM.
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