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Não sei se se recordam de Os Inadaptados (1961), um filme realizado por John Huston a partir de um conto (e do guião) de Arthur Miller. É um grande filme que todos recordarão por causa de Marilyn Monroe (que, já agora, era a mulher de Miller – até à estreia do filme). Mas a grande figura é Clark Gable, que interpreta a personagem de um cowboy (o outro é Montgomery Clift) prestes a retirar-se: é Gable em grande, notável, misturando o seu cinismo com um último brilho de galã. Estávamos em novembro de 1960 e Gable morreu dez dias depois da rodagem, o que é injusto porque se tratava de um papel notável, quase ao nível do de Rhett Butler, a sua personagem em E Tudo o Vento Levou (1939), ao lado de Vivien Leigh. O cinismo das personagens de Clark Gable é histórico (marcou o de Bogart, por exemplo), desiludido, masculino, perigoso. Viveu rodeado de mulheres (além dos vários casamentos) mas o seu amor por Carole Lombard, de quem ficou viúvo, é o mais marcante. Passam hoje 60 anos sobre a sua morte, mas nada nos faz esquecer Gable nem a luz de prata que o acompanha de filme para filme.
Da coluna diária do CM.
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