Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Vários especialistas têm vindo a manifestar em público a sua preocupação sobre a forma como a DGS, o governo e as várias entidades “comunicam” os dados da Covid. Parte dessas preocupações são bem intencionadas e têm a ver, vá lá, com a “clareza da mensagem” – e com os efeitos que “a mensagem” provoca em todos nós. A ideia é que o nosso medo, as nossas precauções e a nossa determinação variam consoante os deslizes da Dra. Graça Freitas ou o rosto do primeiro-ministro quando nos informam sobre o estado da pandemia no país (como perceberam, excluí a Sra. ministra da Saúde desta equação). O Presidente da República, em abril ou maio, propôs que as conferências de imprensa da DGS começassem pelos números de “recuperados” e não pelos “infetados”. Essa notável revolução produziu coisas notáveis; uma delas foi a estatística das segundas-feiras, que era anunciada nos jornais como “enorme descida”, e que antecipava a subida de terça e quarta. Manobrar os números foi tudo quanto fizeram, ao ponto de sobrarem 5000 óbitos inexplicados. Falar verdade e sem medo teria sido a melhor forma de comunicar.
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.