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O troca-tintas.

por FJV, em 03.11.20

Amanhã acordaremos com a mesma incerteza americana de hoje mas, deixem-me que lhes diga, o combate não é entre “esquerda” e “direita”, e sim entre decência e engano. As torpezas cometidas, encenadas e ditas por Donald Trump durante este mandato devem somar-se às que cometeu antes de ser eleito – isso completa o retrato de um homem vil, irrefletido e indigno de ser convidado para nossa casa. A forma como o partido Republicano (esquecendo que foram eles a imaginar a América, incluindo o fim da escravatura) ficou refém da criatura dá uma ideia, ainda que pálida, de como a consciência conservadora perdeu tantas batalhas e de como um país pode entregar-se a um bando de  obtusos. Trump, que foi eleito sobretudo pelos mais pobres e mais excluídos do sistema democrático, é tudo menos um conservador (uma palavra séria): é um troca-tintas. Há quem defenda que as questões de caráter não são chamadas para a área da política; são, quando interferem com a capacidade de julgamento ou a confiança dos cidadãos. Removê-lo é uma obra de caridade. Mas, infelizmente, a degradação americana continuará.

Da coluna diária do CM.

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