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Sai hoje nos EUA um livro da atriz Natalie Portman. O título é Fables (Fábulas) e o objetivo de Portman é atualizar histórias tão antigas como a da lebre e da tartaruga, a dos três porquinhos ou a do rato da cidade e do rato do campo – para que passem a “refletir a cultura contemporânea, que é de vários sexos, e não apenas predominantemente masculina”. Para Portman, a leitura de histórias é “uma forma de incutir valores”, razão por que menciona também a necessidade de empatia e de gentileza nas relações pessoais, bem como a preocupação com o planeta. Os filhos de Portman sairão certamente pessoas bem educadas, com uma paixão pelos legumes biológicos e grande tolerância pela diversidade sexual. Tudo boas coisas. O modelo já tinha sido tentado em 1994 pelo americano James Finn Garner, com o livro Histórias Tradicionais Politicamente Correctas – só que ele estava a gozar. Hoje é a sério. As histórias infantis e juvenis são eternas porque, no limite, apaixonam e impressionam; não porque fabriquem anjos bem comportados. Adaptar a Bíblia é que era. Cristo saía-nos um tolinho.
Da coluna diária do CM.
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