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Os poetas do Nobel.

por FJV, em 09.10.20

©Getty.

Os poetas não são populares – é a sua sina, e compreende-se. Mas há muitos poetas na lista do Nobel, do sueco Tomas Tranströmer ao irlandês Seamus Heaney, passando pela polaca Wislawa Szymborska, por Derek Walcott ou Joseph Brodsky, Seifert ou Odisseas Elytis, Eugenio Montale ou W.B. Yeats, T.S. Eliot ou Gabriela Mistral, Salvatore Quasimodo e Saint-John Perse ou Vicente Aleixandre. Os que lamentam a escolha da americana Louise Glück por não ser “conhecida” só têm um remédio – ir procurar saber quem é, como muita gente teve de fazer quando o prémio foi parar às mãos de Claude Simon, Mo Yan ou Kenzaburo Oe (que são autores magníficos). A verdade é que, ao arrepio das imposições das temdências, a Academia escolheu uma poetisa que não simboliza nada mais do que a sua poesia. Por mim, o prémio iria para alguém como Claudio Magris, Yan Lianke, Can Xue, Yoko Ogawa ou Maryse Condé – mas a poesia de Glück, sem causas políticas nem gritaria, representa-nos enquanto seres condenados à amargura e ao riso mal disfarçado, combatendo a morte, observando o mundo pela lente do humano.

Da coluna diária do CM.

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