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Ontem falámos da morte de Quino. Não podia deixar de ser – o humor de Mafalda dominou a nossa adolescência com a sua mancha de riso e ardil. Hoje recordo-vos que passam 130 anos sobre o nascimento de Groucho Marx, um homem que tanto nos ajudou a rir sem grande esforço. Recordo-lhes quatro filmes, apenas quatro – Uma Noite na Ópera, Um Dia nas Corridas, Os Irmãos Marx na Universidade e Uma Noite em Casablanca – para que o riso tenha um nome e o sentido de humor um rosto trapalhão e cordial (mas igualmente letal). Groucho Marx e os Irmãos Marx (além dele, Chico, Harpo, Zeppo e Gummo) foram os pais do nosso “pensamento verdadeiramente marxista” – não o velho Karl Marx, que era falho de riso. O seu humor é hoje infantil para nós, tal como grande parte da comédia americana desses anos, mas não sei como vos hei-de explicar que os seus óculos, o seu bigode, as sobrancelhas, o charuto, a voz ligeiramente carregada de resfriado me fazem feliz. É certo que ele disse que “nunca faria parte de um clube que o aceitasse como sócio” – mas Deus insistiu tanto que ele aceitou ir fazer piadas aos anjos. Como resultado, o céu está um pandemónio.
Da coluna diária do CM.
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