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Os Suecos entre nós.

por FJV, em 21.09.20

Deus me livre de comentar “a evolução da pandemia” quando o seu triste caminho está a meio. Se em finais de fevereiro as autoridades tivessem tomado as decisões certas (uso de máscara, proteção firme e honesta aos mais idosos, manter a sanidade entre os mais jovens) e não se tivessem entretido com manobras políticas, talvez hoje não estivéssemos tão assustados. Chover no molhado não adianta. Por isso fico espantado com os louvores arrebatados “à Suécia”, onde o número de mortos Covid atinge os 5865 (em 10,23 milhões de habitantes), enquanto Portugal se fica pelos 1894 (em 10,28 milhões). O que dá uma taxa de 379 mortes por milhão (a nossa taxa é de 123, e a de outros países é bem menor). Nós não conhecemos a indiferença diante da morte nem sabemos evitar o desejo de contactar com os nossos mais velhos. Nós abraçamo-nos em geral; os suecos evitam (vivem em permanente distanciamento físico mesmo sem pandemia). No meio disto tudo, falta uma homenagem: aos portugueses que nunca abandonaram a “vida normal” e tiveram que trabalhar todos os dias. São eles os heróis, não os suecos.

Da coluna diária do CM.

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