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Acho graça às figuras de direita chocadas com a natureza das “aulas de cidadania”. Claro que o assunto devia ter sido discutido há mais tempo de modo a conseguir-se retirar do programa da disciplina (que é necessária) aquilo que é matéria flibusteira e chegar-se a um consenso sobre o que deviam ser essas aulas. Porém, os cerebelos “da direita” estavam ocupados com coisas superiores, desde folhas de Excel a cálculos diversos, incluindo saber como esfaquear os seus. Enquanto isso, os tolinhos tomaram conta dos programas, encheram-nos de conteúdos anti-científicos mas muito de acordo com as charlatanices em voga – e, numa guerra cultural agressiva, insolentes e sem adversário, ocuparam o espaço da escola e do debate público. Quando “a direita” despertou, o seu retrato era o de uma tia dos filmes de Vasco Santana, estremunhada e fora de moda, protestando que as “aulas de cidadania” estão infestadas de inutilidades. É verdade, mas é muito mais. Indo aos arquivos desta coluna há matéria de protesto e de aviso contra a ameaça dessa vacuidade cultural. Como se diz noutros contextos – estudassem.
Da coluna diária do CM.
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