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A antiga atriz Maria Vieira confessou que tinha deixado de fumar graças à militância no Chega. Escreveu, por assim dizer, uma mensagem de autocongratulação, felicitando o seu partido por tê-la levado ao bom caminho, expulsando o cigarro da sua vida. Foi, digamos, um milagre. Infelizmente, não há notícia de nenhum fumador que tivesse aderido ao Chega por tão nobre motivo, preferindo adesivos de nicotina. Ingratidão. Ontem, retomando a boa nova anunciada pela sua mandatária, o líder do partido escreveu que o Chega “não é só a cura para Portugal” mas também “a melhor terapia para as nossas vidas, um estímulo à nossa saúde, o renovar da fé”. Tamanha sandice merece primeira página mas temo que não se lhe dê destaque porque os jornais ainda têm fumadores no ativo. Para André Ventura (cito do Twitter), trata-se de mais do que um partido: “É uma missão, uma religião.” Isto, que devia deixar-nos à beira da gargalhada apoplética, é a prova de que se trata de um caso sério de saúde pública e de que André Ventura deixou de estar assintomático e deve ser recolhido aos cuidados intensivos.
Da coluna diária do CM.
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