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Representar o conde Vronsky em Anna Karenina ou ter o papel principal em Macbeth, pode ser magnífico para início de carreira – mas nada se compara a ser marido de Lana Turner em Another Time, Another Place (1958). Aconteceu com Sean Connery que, aliás, na altura deu uns belos sopapos em Johnny Stompanato, o ciumento e mafioso marido real de Lana. Mas, para todos, Sean Connery é o primeiro James Bond. Fez sete 007 e influenciou a própria forma como Ian Fleming escreveu os Bonds que restavam. Ninguém esquece: a pose, a voz e o sotaque, os trejeitos, o marialvismo, a compostura, a agilidade, a beleza – tudo o que fez dele um modelo para os homens. Ficou melhor à medida que ia envelhecendo. Fez bons filmes – e notáveis papéis em filmes menos bons. Excelente em O Nome da Rosa ou em Marnie (de Hitchcock, ao lado de Tippi Hedren), grande em Os Intocáveis ou em Caça ao Outubro Vermelho, único em A Casa da Rússia, que o trouxe a Portugal. Connery, que hoje festeja 90 anos de vida (nasceu em Edimburgo em 1930), está na parte boa do nosso imaginário e do nosso sistema solar.
Da coluna diária do CM.
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