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É provável que a eleição de Trump seja um marco. Percorrendo a lista dos presidentes dos EUA há outros semelhantes – mas, creio, poucos com esta projeção (o facto é que não nos recordamos dos outros) e nestas circunstâncias. Na escala de grandeza e grandiosidade dos que antes ocuparam o cargo, Trump ficará como uma nódoa; houve excelentes presidentes, republicanos e democratas, e é maravilhoso reler as páginas da história dos EUA na passagem do século XIX para o século XX para perceber como Washington fervilhava de ideias, gente culta, séria ou leviana, mas com um projeto nacional. Trump foi eleito pela grande faixa silenciosa dos americanos, humildes e desesperados, descontentes com a chamada “elite liberal” – e esquecidos pela imprensa e pelos dirigentes dos dois grandes partidos. A grande classe média irá desalojá-lo. Mas quem o irá correr da Casa Branca é, sobretudo, o sentido da decência e da honorabilidade. Trump foi (e é) uma mancha na tradição republicana e conservadora e é bom que se perceba que não compensa ceder à selvajaria, à impreparação e à falta de decência.
Da coluna diária do CM.
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