Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Liga de Futebol quer meter-se pelos caminhos civilizadores da pátria – e vai “punir comportamentos discriminatórios de género e orientação sexual”. A minha primeira reação foi dizer: “Que meninas!” Imagino o que os patrões do futebol querem dizer com a medida e que, na sequência da criminalização de comportamentos racistas do público (sobre os quais aplicam castigos absolutamente ridículos), talvez se preparem para vigiar & punir pessoas que, a meio de um jogo, gritem “Não sejas LGBTQI!” para um jogador ou para um membro do distinto público. A Liga, que não consegue evitar suspeitas de corrupção, malandragem óbvia, treçolhos de arbitragem ou falência apressada de clubes sob a sua jurisdição, vai educar o povo, e já me surgiram várias ideias estapafúrdias sobre os trabalhos censórios dos delegados da Liga daqui em diante. Mas a Liga pode começar por punir a Federação Portuguesa de Futebol, que quis impor um valor máximo para os salários das jogadoras de futebol, ao contrário dos jogadores, que não têm limite – mesmo quando jogam pior. Maior discriminação não me parece haver.
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.