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Peter Sellers morreu há quarenta anos (1925-1980). No meio do estrelato do cinema atual, falar de Sellers é quase mencionar uma velharia que já não se quer recordar. A sua vida não foi fácil (morreu com 54 anos) e não quero julgá-la ou evocá-la. Em vez disso: quem se recorda do psicanalista Dr. Fritz Fassbender de What’s New Pussycat?, a contracenar com Ursula Andress, Romy Schneider e Peter O’Toole? Ou do mestre do bacará de ‘Casino Royale’, a versão cómica de 1967, a lidar com David Niven, Orson Welles, Ursula, Charles Boyer, John Huston ou Belmondo e (ah!) Jacqueline Bisset? Que seja pelo menos por Dr. Strangelove (1964), de Stanley Kubrick, ou pela série A Pantera Cor de Rosa (o primeiro dos filmes, de 1963 com David Niven e Claudia Cardinale – os outros de 1976 e 1978), inesquecível pela forma como interpreta o papel do Inspetor Jacques Clouseau, o mais trapalhão dos detetives, aliás, um dos personagens mais trapalhões e ternos da história do cinema (a par de M. Hulot, de Jacques Tati). Com um verão político tão estúpido, o inspetor Clouseau é um bálsamo para o espírito.
Da coluna diária do CM.
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