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Se Jorge Jesus regressa ao Benfica depois de o Benfica o ter vilipendiado e perseguido por se ter mudado para o seu rival mais imediato, é porque entende que “negócios são negócios”. Vem nos diálogos de filmes: “Just business” (“Apenas negócios.”), diz alguém para Jack Nicholson em A Honra dos Padrinhos para lhe explicar por que era necessário assassinar a sua namorada, Kathleen Turner. Tinha mais graça se JJ tivesse regressado do Sporting diretamente para o Benfica, mas tal não foi possível. No caso de Cristina Ferreira, essa gracinha foi perfeita: sai da TVI para a SIC e da SIC para a TVI. Ambos como vencedores, provando que o risco compensa e que eles são desejados. Nada melhor do que esse bálsamo para o ego de duas pessoas como JJ e CF, pessoas que vieram da base da pirâmide e transportam um halo de vencedores, sobretudo Cristina, que é mulher num mundo de rapazes e gestores de meia idade; o seu livro, Sentir, explica como isso se faz: assumindo o desejo de ascensão e o reconhecimento da origem social. É um trunfo permanente. JJ nunca saberia fazer isso, é de outro campeonato.
Da coluna diária do CM.
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