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Passos.

por FJV, em 20.07.20
As várias “elites”, as tradicionais e as das novas oligarquias políticas — mais de esquerda — nunca perdoarão a Pedro Passos Coelho não ter impedido o fim abrupto de um dos elementos do regime vindo desde o século XIX: o chamado Grupo Espírito Santo. Para essa gente, Passos será sempre o intruso de Trás-os-montes e de Massamá que não percebeu a necessidade de manter, a todo o custo, o poder e a influência de quem manobrou a política, a sociedade e a elite financeira independentemente do regime. Quem leu os vários volumes de transcrições de conversas, mensagens, arrepios, aldrabices e manobras futuras, percebe como foi uma decisão importante e corajosa. Muitos políticos impenitentes (incluindo vários socialistas) preferiam que a Caixa se afundasse com o BES mas que se mantivesse esse poder que lhes tinha sido tão generoso. O material da acusação (tal como os livros publicados, nomeadamente o de Maria João Babo e María João Gago) parece ser uma fonte inesgotável para thrillers de espionagem e de ladrões de boa sociedade. Tem de tudo. Até vítimas. Só não tem, ainda, vergonha.

Da coluna diária do CM.

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