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Nada obsta a que a Câmara de Lisboa – ou a Egeac – nomeiem a ex-deputada Rita Rato para a direção do Museu do Aljube, uma casa dedicada “à memória do combate à ditadura e à resistência em prol da liberdade e da democracia”. O facto de ser militante ou dirigente do PCP não a impede de ocupar qualquer cargo para que tenha sido recrutada, sobretudo quando a entidade que o faz se rege pelo direito privado, não estando obrigada a abrir concursos públicos. Ponto. Acontece que Rita Rato tem no seu currículo uma coisa ainda mais “interessante” do que o seu projeto para o museu: ter dito, numa entrevista a este jornal, e na qualidade de militante do PCP, que desconhecia o Gulag e os campos de concentração soviéticos, porque não tinha estudado a matéria na faculdade. Estará uma estudante de Ciência Política que desconhece o horror do Gulag e a repressão soviética preparada para dirigir um museu dedicado a relembrar o horror e a brutalidade do Aljube e do fascismo? Terá a nova diretora estudado o assunto na faculdade? Quem sabe, um dia organizará também uma exposição sobre o Gulag soviético.
Da coluna diária do CM.
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