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De repente, dei por mim a tornar-me um defensor de J.K. Rowling, não interessa o que ela diga – desde que tenha oportunidade de o dizer. Vamos ao princípio: num texto do Twitter, a autora da saga Harry Potter contestou que em vez de se falar de “mulheres” se refiram “pessoas que menstruam”, como se fosse a mesma coisa. Foi acusada de transfóbica, inimiga dos transexuais, e a “comunidade literária e artística de vanguarda” crucificou-a, pedindo à sua editora que a expulse e à sua agente que deixe de representá-la. Houve autores (todos medíocres e um pouco para o merdoso, se querem saber) que abandonaram a agência – e funcionários da editora que se recusaram a trabalhar no seu novo livro. Uma pessoa sensata argumentará: que tinha ela que expor a sua opinião? É isso que me intriga. Aqui entre nós, somos pessoas de um tempo em que os intelectuais, os escritores e sobretudo a gente de bem lutava pela liberdade de expressão. Hoje, a classe dos “ativistas” pede que se censurem autores e se possam punir escritores por terem dado a sua opinião. Passo a passo, os tolinhos tomam o poder.
Da coluna diária do CM.
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