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Algures este ano, antes da pandemia, uma editora americana do grupo Hachette decidiu não publicar o livro de memórias de Woody Allen porque havia uma forte pressão “do público” e de funcionários da casa para que o livro não saísse. Portanto, a Hachette pactuou, de orelhas murchas, com um acto de censura prévia – nada que espante; a censura está na ordem do dia e é praticada com certa determinação. O livro transitou para outra editora mas pode dizer-se que o ruído da rua venceu meia batalha. Ontem ficou a saber-se que alguns funcionários da área editorial do ramo britânico da mesma Hachette se recusam a trabalhar na edição de um pequeno livro de J.K. Rowling (The Ickabok) porque discordam das opiniões críticas da escritora “sobre transexualidade”, na sequência de um simples tweet da autora da saga Harry Potter. Estamos, portanto, diante de um novo método de decisão editorial; onde antes prevaleciam os critérios da liberdade de expressão e de discussão, ganha terreno a gritaria dos “ativistas” e a imposição de agendas ideológicas que não se podem questionar. Admirável mundo novo.
Da coluna diária do CM.
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