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O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, deu uma entrevista supimpa (ao DN) da qual não se recorda nada a não ser o essencial: que “a função estratégica da TAP é uma função estratégica nacional pelo que não se deve ter uma expectativa ou uma perspetiva lucrativa da exploração do negócio da TAP”. Uma cousa destas – tão generosa – deve aplaudir-se, caramba. Vamos traduzir: quando o governo “investir” uma boa soma de milhões de euros na companhia aérea, não é para tirar daí algum lucro mas para que os portugueses sejam levados ao sétimo céu. Que princípio maravilhoso está subjacente a este, digamos assim, pensamento? O seguinte: “A TAP é uma companhia de bandeira e está ao serviço do interesse estratégico do Estado.” Portanto, eventuais investidores privados que queiram verter dinheiro seu na companhia “têm de alinhar as suas opções estratégicas com as opções estratégicas do Estado português”. Abençoado Estado que conta com filósofos tão babados & generosos nos seus cueiros e tão bem os alimenta – sobretudo quando não é o seu dinheiro que está em causa, evidentemente.
Da coluna diária do CM.
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