Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Fio-me pouco no patriotismo, como o leitor sabe – acho, inclusive, que o “patriotismo” é um argumento ligeiramente canalha, uma espécie de último reduto para argumentos que já não convencem ninguém. Veja-se a TAP. Eu gosto da TAP, uso-a frequentemente quando me convém o preço dos seus bilhetes ou quando o destino vem a calhar. Mas esta conversa da “companhia de bandeira” não convence; e a nacionalização da TAP, que vai ser discutida, é folclore – porque os anteriores e avultados prejuízos terão de ser pagos por alguém (nomeadamente, por milhões de portugueses que não utilizam a TAP) e não creio que uma companhia aérea funcione melhor e mais eficazmente quando tem o selo do governo da República. Claro que há um instrumento importante que o Estado tem na mão: chama-se “caderno de encargos”: a TAP tem de fazer isto, isto e aquilo – e de manter estes e aqueles princípios. Isto evita que os contribuintes paguem prejuízos para os quais não contribuem e que ninguém lhes aconselha. Ou acham que uma TAP nacionalizada voaria de aeródromo em aeródromo, baratinha, ao gosto de toda a gente?
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.